Dólar dispara após dados de emprego no Brasil e ameaças de Trump
Tensão internacional contribuiu para a pressão sobre o câmbio
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O dólar fechou em forte alta nesta quarta-feira (26), superando os R$ 5,80 e atingindo a maior cotação desde o início do mês.
A valorização ocorreu em meio à divulgação de dados do mercado de trabalho brasileiro e a declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre tarifas comerciais. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, também sentiu o impacto e recuou 0,96%.
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,803, com alta de 0,83% (R$ 0,048). Pela manhã, a moeda chegou a operar em baixa, atingindo R$ 5,74 por volta das 10h.
No entanto, após a divulgação dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o câmbio inverteu a tendência e passou a subir.
O Brasil registrou a criação de 137,3 mil empregos formais em janeiro, uma queda de 20,7% em relação ao mesmo período de 2024 (173,2 mil vagas). Apesar da desaceleração, o resultado superou as projeções do mercado, que esperava um saldo três vezes menor.
A moeda norte-americana ganhou ainda mais força no fim do pregão, após Trump ameaçar impor tarifas de 25% sobre produtos da União Europeia e adiar para abril a entrada em vigor das novas taxas para México e Canadá. A tensão internacional contribuiu para a pressão sobre o câmbio.