Chuvas de março ameaçam atrasar colheita e exigem atenção do produtor rural
Excesso pode comprometer a colheita de culturas como arroz, feijão, milho e soja, diz Inmet
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Apesar dos desafios para a colheita, as precipitações desempenham papel fundamental na maturação dos grãos e na viabilização da segunda safra. (Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN)
As chuvas seguirão marcando presença no Brasil ao longo de março, especialmente em grande parte da Região Norte, além de áreas do Centro-Oeste e do Sul, conforme aponta o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em seu mais recente prognóstico climático.
Embora a chuva seja essencial para o preparo do solo e o desenvolvimento das lavouras, o excesso pode comprometer a colheita de culturas como arroz, feijão, milho e soja, que estão em plena safra no Centro-Oeste, Sul e Nordeste, incluindo Bahia e Piauí.
O prognóstico indica que as precipitações devem se concentrar principalmente no Norte e Nordeste, superando a média histórica do mês. No nordeste e sudeste do Mato Grosso, o volume pode alcançar 250 mm, o que pode atrasar a colheita do arroz.
Segundo monitoramento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o final de fevereiro, apenas 10% da safra havia sido colhida na região, e o ritmo dependerá do regime de chuvas.
“Chuvas em excesso poderão atrapalhar a colheita”, alerta a agrônoma da Conab, Patrícia Campos.
No Sul, o norte do Rio Grande do Sul e a faixa central e leste de Santa Catarina também devem registrar volumes acima da média, chegando a cerca de 130 mm. No entanto, as perdas agrícolas nesses estados devem ser limitadas.
Chuvas beneficiam a segunda safra
Apesar dos desafios para a colheita, as precipitações desempenham papel fundamental na maturação dos grãos e na viabilização da segunda safra.