Plano Safra: agro do Sudeste quer mais crédito e Aprosoja-MT ataca burocracia e juros
CNA tem reunido produtores para ouvir suas demandas
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Após o movimento dos produtores da Região Sul, o agronegócio do Sudeste apresentou suas propostas para o Plano Safra 2025/2026.
Durante reunião promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na última quinta-feira (20), no Rio de Janeiro, representantes das federações estaduais de agricultura e pecuária defenderam o aumento do limite de renda bruta agropecuária para enquadramento nos programas de crédito rural.
A proposta é elevar os tetos de acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), hoje fixado em R$ 500 mil anuais, e ao Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), cujo limite atual é de R$ 3 milhões.
Segundo lideranças do setor, diversos produtores — especialmente da cadeia do café — enfrentam dificuldades para custear a produção com os valores vigentes.
O assessor técnico da CNA, Guilherme Rios, alertou para o cenário de financiamento mais restrito neste ano, impulsionado pela alta do dólar e pela instabilidade econômica.
“A alta do dólar eleva os custos de produção, pois muitos insumos são importados. Com esse cenário adverso, os produtores precisarão de mais recursos para custeio e investimento. A probabilidade de um Plano Safra mais enxuto preocupa o setor”, afirmou.
Outra demanda destacada pelos representantes do Sudeste é o reforço no orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).