Batata, tomate e café disparam e puxam inflação em abril
Mesmo com uma leve desaceleração frente a março (1,17%), a alimentação segue como vilã
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A inflação oficial desacelerou pelo segundo mês consecutivo, mas segue sendo puxada pela alta dos alimentos.
Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,43%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo IBGE. O resultado representa a maior variação para o mês desde 2023 (0,61%) e supera o índice de abril do ano passado, que foi de 0,38%.
O aumento foi impulsionado principalmente pelos grupos Alimentação e bebidas (0,82%) e Saúde e cuidados pessoais (1,18%), que, juntos, responderam por 0,34 ponto percentual do IPCA do mês.
Alimentos continuam no topo da pressão inflacionária
Mesmo com uma leve desaceleração frente a março (1,17%), a alimentação segue como vilã da inflação. Os produtos que mais subiram em abril foram:
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Batata-inglesa: +18,29%
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Tomate: +14,32%
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Café moído: +4,48%
Do lado das quedas, os destaques foram:
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Cenoura: -10,40%
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Arroz: -4,19%
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Frutas: -0,59%
O café acumulou alta de impressionantes 80,2% em 12 meses, o maior avanço desde o início do Plano Real, em 1994.
Embora o arroz tenha ajudado a conter a inflação dos alimentos, ele é uma exceção. A alimentação tem peso elevado na composição do IPCA, o que reforça seu impacto no custo de vida das famílias, mesmo em meses de desaceleração.
A alimentação fora do domicílio também pesou no bolso em abril. O subitem lanche acelerou de 0,63% para 1,38%, enquanto a refeição desacelerou de 0,86% para 0,48%.