Granja afetada por gripe aviária pode receber até R$ 6 milhões; Brasil investiga 11 casos
As ações de monitoramento continuam em Montenegro
|
Propriedades com aves de subsistência foram revisitadas no Rio Grande do Sul. (Foto: Divulgação Seapi)
A granja de matrizes avícolas localizada em Montenegro (RS), onde foi confirmado o primeiro foco de gripe aviária em produção comercial no Brasil, aguarda definição e negocia com o governo do Estado a indenização pelos prejuízos.
A unidade pertence à Agrogen, empresa ligada à Vibra Agroindustrial, e está fechada desde a conclusão do processo de desinfecção, em 21 de maio.
Segundo informações do Globo Rural, consultores do setor estimam que a indenização pode variar entre R$ 1,3 milhão e R$ 6 milhões, a depender da qualidade genética das aves descartadas.
O cálculo leva em conta o abate sanitário de aproximadamente 1,3 mil aves, a morte de mais de 15 mil animais pela doença e a destruição de cerca de 20 milhões de ovos férteis.
A legislação brasileira prevê indenização nos casos em que o sacrifício sanitário de animais é determinado por autoridade oficial, como ocorreu em Montenegro.
Os valores são definidos com base em critérios como idade, peso e linhagem das aves, e seguem cotação da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) no dia da eliminação dos animais.
O governo estadual e a empresa discutem também a estratégia para o repovoamento da granja.
O local permanecerá em vazio sanitário por 28 dias — tempo equivalente a dois ciclos completos de incubação do vírus H5N1, conforme diretrizes do Plano Nacional de Contingência do Ministério da Agricultura.