Inflação de outubro desacelera para 0,09%, menor nível desde 1998

Energia elétrica foi o principal fator de recuo, enquanto alimentos e bebidas ficaram estáveis; IPCA acumula 4,68% em 12 meses

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Inflação de outubro desacelera para 0,09%, menor nível desde 1998
11deNovembrode2025ás12:30

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, desacelerou de 0,48% em setembro para 0,09% em outubro, queda de 0,39 ponto percentual.

O resultado é o menor para o mês desde 1998, quando o índice havia registrado 0,02%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Com isso, o IPCA acumula alta de 3,73% no ano e 4,68% em 12 meses, abaixo dos 5,17% acumulados até setembro.

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Ainda assim, o índice segue acima da meta de 3% estipulada pelo governo, que admite tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos (intervalo entre 1,5% e 4,5%). 

Energia elétrica puxa recuo 

A energia elétrica residencial foi a principal influência negativa sobre o IPCA de outubro, com queda de 2,39% e impacto de -0,10 ponto percentual no índice geral.

Segundo Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, a variação reflete a mudança da bandeira tarifária de vermelha patamar 2, em setembro, para vermelha patamar 1 em outubro — o que reduziu a cobrança adicional de R$ 7,87 para R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. 

“Se não houvesse o alívio na conta de luz, o IPCA de outubro ficaria em 0,20%”, explicou Gonçalves. 

A cobrança adicional é definida pela Aneel para custear o uso de termelétricas quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas está baixo — energia mais cara, que pressiona a conta final.