Fávaro diz que tentará reverter homologação de Lula sobre três terras indígenas em Mato Grosso
Segundo ele, os decretos foram assinados com base equivocada de que os processos já estariam "pacificados"
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O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, anunciou nesta segunda-feira (24) que vai mobilizar esforços dentro do governo para reverter a homologação de três Terras Indígenas (TIs) em Mato Grosso, publicada na semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo ele, os decretos foram assinados com base em uma premissa equivocada de que os processos já estariam "pacificados", algo que, na avaliação do ministro, não corresponde à realidade local.
As terras homologadas no estado são:
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Estação Parecis, em Diamantino, com cerca de 2,1 mil hectares;
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Manoki, em Brasnorte, que passou de originalmente 46 mil hectares para aproximadamente 250 mil hectares após o decreto;
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Uirapuru, abrangendo municípios como Campos de Júlio, Nova Lacerda e Conquista D’Oeste, com 21,6 mil hectares.
Fávaro afirmou ao G1 que, se houver inconsistências nos processos fundiários, ele vai apoiar uma revisão das demarcações. Para ele, os decretos foram assinados pelo presidente Lula de forma “exacerbada”, porque “levaram ao presidente uma situação em que estaria tudo pronto e que não haveria conflito”.
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Segundo Fávaro, a demarcação deveria ter sido feita com indenização para eventuais desapropriados, por valor venal e à vista, caso haja desapropriação, e não simplesmente “tirar terras” para favorecer um grupo.
Ele também defendeu uma convivência “harmônica” entre indígenas e não indígenas, sem que isso implique prejuízo para nenhum dos lados: