Javali é problema de saúde pública e exige política de Estado, diz Tirso Meirelles

Em entrevista exclusiva, presidente da Faesp afirma que o avanço do javali ameaça lavouras, pessoas e o status sanitário do Brasil e cobra ação nacional mais rápida

Tirso reconheceu que os estados já têm autonomia para agir, mas avaliou que a burocracia impede respostas efetivas

Tirso reconheceu que os estados já têm autonomia para agir, mas avaliou que a burocracia impede respostas efetivas

26deDezembrode2025ás08:51

“O javali destrói totalmente a lavoura, destrói totalmente o meio ambiente e mata”, disse Tirso Meirelles, presidente do Sistema FAESP/Senar-SP, ao tratar do avanço da espécie exótica no Brasil. Segundo ele, o problema deixou de ser apenas produtivo e passou a representar uma ameaça direta à saúde pública.

Tirso afirmou que o javali não tem predador natural, anda em bandos e se reproduz de forma acelerada.

“Uma fêmea produz 60, 70 filhotes por ano”, disse. Ele relatou que o comportamento do animal amplia os riscos à população rural. “Ele anda em bando. Se você pega uma pessoa indefesa, ele mata mesmo, você não consegue fugir”, afirmou. “Ele vira carro.”

De acordo com o dirigente, os impactos atingem simultaneamente a produção agrícola, o meio ambiente e a segurança das pessoas. “É uma coisa crucial”, disse, ao relatar destruição total de lavouras causada pelo animal.

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Além dos danos físicos, Tirso destacou o risco sanitário associado ao javali, especialmente após a retirada da vacinação contra a febre aftosa no Brasil.