Por que as cotações agropecuárias caíram tanto?
Preços menores não significam, necessariamente, lucros menores ou prejuízo
O pior já passou em termos de queda de preços, o que, dependendo do caso, pode não ser tão ruim. (foto - CNA)
As cotações das principais commodities agrícolas e pecuárias registraram quedas impactantes no primeiro semestre de 2023 frente aos preços praticados no mesmo período de 2022 e mesmo de anos anteriores.
Por exemplo, o preço da saca de soja passou a marca dos R$ 200 em março do ano passado e fechou junho de 2023 com média mensal de R$ 136,45, segundo o indicador do Cepea. Um dos valores mais baixos desde 2020.
No caso do milho, a saca de 60 quilos caiu de R$ 100 em março de 2022 para cerca de R$ 55 no final do mês passado, desvalorização superior a 44%. Em valores reais, trata-se das menores cotações para a saca de milho desde 2019.
Movimentos de baixa mais ou menos intensos também ocorreram nas cotações agropecuárias de algodão, trigo, café, arroba do boi e outras commodities.
O que explica a forte queda no preço das commodities?
A primeira explicação é a guerra entre Rússia e Ucrânia que gerou forte incerteza quanto à oferta global. Os dois países são grandes produtores e, assim, o conflito impactou mercados de alguns desses itens mundo afora, bem como seus substitutos.