Governo prevê queda no preço do arroz até abril e vai mudar o Plano Safra

Medidas de incentivo à produção de alimentos básicos estão no pacote

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É aguardado  uma queda em torno de 20% no preço do arroz nas próximas semanas.

É aguardado uma queda em torno de 20% no preço do arroz nas próximas semanas.

14deMarçode2024ás16:08

O governo federal espera que o preço dos alimentos tenha uma redução para o consumidor já partir de abril e vai preparar novas medidas de estímulo ao aumento da produção de alimentos básicos no próximo Plano Safra 2024/25. A medida atenderá em especial a produção de arroz, feijão, milho, trigo e mandioca.

O governo aguarda para o mês que vem uma queda em torno de 20% no preço do arroz, por exemplo. Hoje (dia 14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve reunião com ministros para tratar justamente da alta dos preços dos alimentos aos consumidores no fim de 2023 e início deste ano.

Entre novembro e janeiro, o grupo de alimentação e bebidas foi o que mais pesou no cálculo da inflação, no bolso dos brasileiros.

As questões climáticas, como as altas temperaturas e o maior volume de chuvas em diferentes regiões do país influenciaram a produção dos alimentos e, consequentemente, os preços, diz o governo.

De acordo com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o governo espera que a baixa de preços seja repassada na mesma medida para os consumidores pelas empresas atacadistas, que fazem a distribuição ao consumidor.

No caso do arroz, isso deve acontecer na virada do mês de março para abril, à medida que haja reposição de estoques a preços menores.

“O Rio Grande do Sul produz praticamente 85% do arroz consumido no Brasil e tivemos enchentes no Rio Grande do Sul exatamente nas áreas produtoras, o que deu certa instabilidade. O fato é que estamos com a colheita em torno de 10% no Rio Grande do Sul e os preços aos produtores já desceram de R$ 120 para em torno de R$ 100 a saca. O que esperamos é que se transfira essa baixa dos preços, os atacadistas abaixem também na gôndola do supermercado, que é onde as pessoas compram”, disse.

“A gente espera, então, que com o caminhar da colheita, que chegamos a 50% e 60% nos próximos dias, da colheita de arroz, esse preço ainda ceda um pouco mais”, acrescentou Fávaro.