"Alta direção do MST ocupa cargos importantes no governo", diz Lupion

Presidente da FPA apontou a conivência do governo federal com as invasões de terras

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"Alta direção do MST ocupa cargos importantes no governo", diz Lupion
17deAbrilde2024ás10:05

A onda de invasões de terra promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em 24 áreas de 12 estados brasileiros durante o Abril Vermelho provocou reação imediata da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), apontou a conivência do governo federal com as invasões promovidas desde a última segunda-feira pelo MST.

Ele afirmou que membros do movimento têm cargos governamentais.

“Eu encontrei, fazendo uma rápida busca na internet, pelo menos cinco nomes da alta direção do MST ocupando cargos importantes no governo, tanto no Ministério do Desenvolvimento Agrário, quanto no INCRA ou em qualquer outro lugar. É assim que o governo federal diz querer paz no campo?”, explicou Lupion.

 Segundo ele, a preocupação do setor produtivo é evidente diante do Abril Vermelho. “Isso é um movimento criminoso, nós não aceitamos.”

Lupion ainda afirmou ainda que “uma representante do MST, em um evento no Palácio do Planalto, revelou que o governo podia fazer o que quisesse para o MST e, mesmo assim, as invasões iriam continuar.”

As invasões do MST fazem parte da "A jornada de lutas Abril Vermelho” e ocorreram em Sergipe, Pernambuco, São Paulo, Goiás, no Rio Grande do Norte, Paraná, Pará, Distrito Federal, Ceará, Rio de Janeiro e na Bahia.

"A jornada de lutas Abril Vermelho", organizada pelo MST, promove essas invasões para lembrar do Massacre de Eldorado de Carajás, no Pará, em 17 de abril de 1996. Na ocasião, 21 camponeses morreram por uma operação da Polícia Militar de desocupação de terra.