Agro cobra modernização do seguro rural: “chega de esperar todo ano o governo dizer se vai ter verba”

Objetivo é claro e une todos os segmentos: ferramenta deve ser mais eficaz e acessível

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Agro cobra modernização do seguro rural: “chega de esperar todo ano o governo dizer se vai ter verba”
15deOutubrode2024ás10:28

A modernização do seguro rural é uma demanda unânime do setor agropecuário brasileiro, que cobra urgência do governo federal. 

Durante o workshop “Modernização do Seguro Rural no Brasil”, realizado na segunda-feira (14) em Cuiabá (MT), políticos, autoridades, representantes de entidades e produtores rurais destacaram a necessidade de aprimorar e atualizar o seguro rural para atender de forma mais eficaz todos os produtores do país, além de ser mais acessível.

O evento foi promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o Instituto Pensar Agro (IPA) e o Senado Federal. 

A pauta principal foi discutir as propostas do Projeto de Lei nº 2951/2024, de autoria da senadora Tereza Cristina (PP-MS), que visa justamente atender os anseios da cadeia: tornar o seguro rural mais acessível aos produtores.

Atualmente, apenas 21% da área plantada no Brasil está coberta por seguros, em comparação com 80% nos Estados Unidos, segundo a FPA.

O projeto busca aumentar a previsibilidade orçamentária e criar um fundo privado de seguro rural, conforme previsto na Lei Complementar 137/2010, que ainda não foi implementada.

Chega de esperar

A senadora Tereza Cristina enfatizou a importância de modernizar a legislação atual para criar um seguro rural mais eficiente e abrangente, capaz de atender produtores de todos os tamanhos. 

“Temos que dar corpo e previsibilidade a essa ferramenta. Não dá para todo ano um setor como o nosso, que sustenta a economia brasileira, ficar aguardando o governo dizer se vai ter verba para a subvenção”, afirmou.

senadora tereza cristina

Segundo Tereza Cristina, o seguro precisa ter taxas acessíveis aos produtores, considerando as particularidades de cada atividade.