Exportação de frango pode bater recorde em 2025 com alta na demanda global, diz ABPA

Expansão é impulsionada pelo agravamento da Influenza Aviária  em diversos países

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No mercado interno, conforme avaliação do presidente da ABPA, Ricardo Santin, o setor segue em equilíbrio

No mercado interno, conforme avaliação do presidente da ABPA, Ricardo Santin, o setor segue em equilíbrio

25deFevereirode2025ás15:15

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta que as exportações brasileiras de carne de frango devem alcançar um recorde de 5,4 milhões de toneladas em 2025, um crescimento de 1,9% em relação ao ano anterior.

A expansão é impulsionada pelo agravamento da Influenza Aviária  em diversos países, que tem levado importadores a buscar fornecedores estáveis, como o Brasil.

O avanço já foi notado em janeiro, quando os embarques tiveram alta de quase 10%, com destaque para mercados como China, União Europeia e Filipinas.

Além do aumento no volume exportado, a valorização do produto brasileiro no mercado externo elevou a receita das exportações em 20,9%. Em fevereiro, as projeções indicam que os embarques devem superar 450 mil toneladas.

No Brasil, a demanda interna segue aquecida. De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o setor mantém equilíbrio entre produção e consumo, sustentado pelo custo-benefício da proteína.

A produção nacional deve chegar a 15,3 milhões de toneladas em 2025, alta de 2,7% em relação ao ano anterior. A disponibilidade interna está projetada para 9,9 milhões de toneladas, um avanço de 2,1%, enquanto o consumo per capita deve atingir 46 kg, um aumento de 2%.

O cenário de custos de produção também é favorável. O farelo de soja, um dos principais insumos da cadeia produtiva, tem registrado quedas de preço devido à alta oferta global.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Ciências Aplicadas (CEPEA), em janeiro houve recuo nos valores do insumo.

Em praças do Oeste do Paraná, a queda supera 13% na comparação com janeiro de 2024. Em outras localidades, como Ijuí (RS), e Passo Fundo (RS), as retrações de preço superam 20%.