MP investiga aeroporto da Bom Futuro por suspeita de ocupação irregular de área pública em MT
Grupo nega irregularidades e diz que atua com base em decisões judiciais legítimas
|
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) instaurou um inquérito civil para apurar se o aeroporto executivo administrado pela família Maggi Scheffer, controladora do Grupo Bom Futuro, teria sido construído sobre áreas públicas de forma irregular, em Cuiabá. A informação foi publicada pelo portal UOL nesta quinta-feira (12).
Segundo portaria da promotora Maria Fernanda Corrêa da Costa, datada de abril e à qual o UOL teve acesso, o aeródromo — instalado inicialmente em 2011 e voltado atualmente para aviação executiva — estaria localizado em uma área que inclui ruas públicas, áreas de preservação ambiental e até trechos de rios.
A suspeita recai sobre a ocupação, pelo aeroporto, de áreas públicas situadas dentro dos limites do Loteamento Parque Bandeira, criado entre 1978 e 1979, o qual previa a destinação de 11 hectares a vias públicas e outros quatro hectares a uma reserva florestal.
Ainda de acordo com a promotora, no local teriam sido construídos pista de pouso, hangares, autódromo e diversos galpões — o que, na visão do MP, configuraria a ocupação e privação de bens públicos por particulares.
Grupo Bom Futuro se posiciona
Em nota, o Grupo Bom Futuro negou qualquer irregularidade e afirmou que todas as posses foram adquiridas de forma onerosa e legítima, com base em ações de usucapião movidas por legítimos possuidores.