Brasil pede exclusão de alimentos e Embraer do tarifaço
Mesmo com negociações em curso, Executivo finaliza plano emergencial para proteger setores atingidos pela tarifa de 50%
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Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin e da Fazenda, Fernando Haddad buscam reverter medida de Trump. ( Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
A quatro dias da entrada em vigor da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil mantém diálogo “com reservas” com o governo norte-americano.
Segundo ele, o foco nesta semana está nas negociações, embora o plano de contingência esteja pronto.
“Nós estamos permanentemente no diálogo e quero dizer a vocês que nós estamos dialogando neste momento pelos canais institucionais e com reserva", afirmou Alckmin, após o lançamento do Programa Acredita Exportação.
Nesta terça-feira (29), a Folha de S.Paulo revelou que o governo Lula solicitou a exclusão de alimentos e da fabricante Embraer da lista de produtos que podem ser sobretaxados por Donald Trump.
Alckmin não confirmou diretamente a informação, mas, segundo o jornal, o Brasil apresentou o pedido em conversas com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.
Entre os itens que o país busca preservar da nova taxação estão o suco de laranja e o café.
Responsável por 95% das exportações globais de suco de laranja, o Brasil destina 42% desse volume ao mercado norte-americano. No caso do café, entre janeiro e maio de 2025, os Estados Unidos compraram 2,87 milhões de sacas, o que representa 17,1% do total exportado pelo país, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).