FPA apresenta notícia-crime contra Lula e Lewandowski por demarcações de terras indígenas
Bancada acusa governo de promover demarcações sem respaldo na Lei do Marco Temporal
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A FPA sustenta que os atos foram editados “com nítida finalidade política” e anunciados no encerramento da COP30
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) apresentou nesta terça-feira (25) uma notícia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e servidores públicos envolvidos na edição de decretos e portarias de demarcação de terras indígenas publicados em 18 de novembro, durante a COP30.
Segundo a bancada, os atos foram praticados “em desacordo com a Lei 14.701/2023”, que instituiu o Marco Temporal e foi aprovada por ampla maioria no Congresso Nacional.
Na última segunda-feira (24), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para suspender os decretos e portarias do governo federal que tratam de novas demarcações de terras indígenas, até que a Corte julgue a ação que discute a constitucionalidade do Marco Temporal.
“Após deliberação da nossa diretoria, apresentamos notícia-crime por prevaricação e abuso de autoridade contra os responsáveis, pois esses atos afrontam a legislação vigente e violam o devido processo legal”, afirmou o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR).
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De acordo com a representação encaminhada à PGR, os agentes públicos “podem ter cometido o crime de prevaricação, previsto no artigo 319 do Código Penal”, ao editar ou participar de atos de ofício “contra disposição expressa de lei, com o objetivo de satisfazer interesse pessoal ou político”.