Um ano depois: surgem novas imagens da invasão à Praça dos Três Poderes

Classificado como “tentativa de golpe de estado”, evento será lembrado hoje em ato oficial em Brasília

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O maior atentado da história contra as instituições máximas do Estado Democrático de Direito foi condenado por quase 90% dos brasileiros. (fotos - Agência Brasil)

O maior atentado da história contra as instituições máximas do Estado Democrático de Direito foi condenado por quase 90% dos brasileiros. (fotos - Agência Brasil)

08deJaneirode2024ás11:05

Hoje, 8 de janeiro, completa um ano da invasão da Praça dos Três Poderes e da depredação de três dos principais símbolos da democracia brasileira: o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.

O maior atentado da história contra as instituições máximas do Estado Democrático de Direito foi condenado por quase 90% dos brasileiros, inclusive pala maioria dos apoiadores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

Como forma de manter a memória, ocorrerá um ato em defesa da Democracia, no Salão Negro do Congresso Nacional, hoje.

O evento terá a presença dos chefes dos Três Poderes: o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva; o presidente do STF, Luís Roberto Barroso; e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco.

Classificada pela Justiça como “tentativa de golpe de estado”, a invasão resultou em mais de 2 mil detidos, 25 condenados (com penas de até 17 anos de prisão em regime fechado) e 66 investigados que continuam presos. pela incitação, financiamento e execução dos atos.

Os demais investigados foram soltos e tiveram a prisão substituída por medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair do país, suspensão de autorizações de porte de arma e de certificados de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), entrega do passaporte e apresentação semanal à Justiça.

Eles respondem por cinco crimes: associação criminosa armada, abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e depredação de patrimônio protegido da União.

Cerca 1,1 mil investigados terão direito ao acordo de não persecução penal (ANPP) e não serão denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A medida vale somente para quem foi preso em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, em 9 de janeiro, dia seguinte aos atos, e não será aplicada para quem participou da invasão e depredação das sedes.

Pelo acordo, acusados de crimes cometidos sem violência ou grave ameaça podem confessar os crimes em troca de medidas diversas da prisão, como reparação do dano provocado, entrega dos bens que são frutos do crime, pagamento de multa e prestação de serviços à comunidade.