Carne lidera alta de preços e inflação em 2024 estoura teto da meta

Cortes subiram 20,84% no ano, maior alta desde 2019

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Outro fator determinante foi a desvalorização do real, que perdeu 27% frente ao dólar em 2024. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

Outro fator determinante foi a desvalorização do real, que perdeu 27% frente ao dólar em 2024. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

10deJaneirode2025ás14:14

A inflação oficial de 2024 superou o limite máximo da meta estabelecida pelo governo, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingindo 4,83%.

Em 2023, o índice havia registrado 4,62%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.

A meta de inflação para 2024 era de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos, mas o índice encerrou o ano 0,33 p.p. acima do teto. Esse é o maior resultado desde 2022, quando o IPCA atingiu 5,79%.

O grupo "Alimentação e bebidas" foi o principal responsável pelo aumento dos preços em 2024, registrando alta de 7,62%, o que impactou em 1,63 p.p. no índice geral. À exceção do grupo "Habitação" (-0,56%), todos os outros setores apresentaram alta em dezembro.

O maior impacto mensal veio do próprio grupo de alimentos, com variação de 1,18% em dezembro, seguido por "Transportes" (+0,67%) e "Vestuário" (+1,14%).

Carne lidera alta de preços

Entre os itens alimentícios, as carnes lideraram as altas, com preços subindo 20,84% ao longo do ano, o maior aumento desde 2019, quando os cortes registraram alta de 32,4%. Essa elevação representou um peso de 0,52 p.p. no IPCA.