Acordo Mercosul-UE pode alavancar faturamento das exportações de frutas em 40% até 2029
Redução de tarifas pela União Europeia deve impulsionar a fruticultura brasileira
|A manga lidera o ranking de embarques, com mais de 258 mil toneladas enviadas e uma receita de mais de US$ 348 milhões em 2024. (Fotos: Rafael Vieira/Trilux)
O setor de fruticultura brasileiro vê no acordo entre Mercosul e União Europeia uma oportunidade para expandir sua competitividade no mercado internacional, com potencial de alavancar o faturamento em até 40% até 2029.
Apesar dos desafios enfrentados em 2024, o Brasil manteve sua posição como um dos maiores exportadores de frutas frescas do mundo, com perspectivas ainda mais promissoras para os próximos anos.
Dados recentes da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas) mostram que, em 2024, o país exportou mais de 1 milhão de toneladas de frutas, gerando uma receita de US$ 1,287 bilhão.
Embora o volume exportado tenha registrado uma leve queda de 0,85% em relação a 2023, o valor cresceu 3%, reforçando a relevância do setor.
União Europeia: principal destino das frutas brasileiras
Atualmente, cerca de 75% das frutas exportadas pelo Brasil têm como destino países da União Europeia. No entanto, as tarifas de importação, que variam entre 4% e 14%, ainda representam um obstáculo à competitividade.
O acordo Mercosul-União Europeia, oficializado em dezembro após 25 anos de negociações, promete eliminar parcial ou totalmente essas tarifas, ampliando os ganhos da fruticultura nacional.
Segundo estimativas da Abrafrutas, o setor pode alcançar um faturamento de US$ 1,8 bilhão até 2029, com um aumento projetado de 40% nos próximos anos.