IPCA: inflação desacelera em janeiro, mas alimentos continuam pesando no bolso
Cenoura, tomate e café estão entre os vilões
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O preço da carne, que vinha registrando altas consecutivas, desacelerou para 0,36% em janeiro, após cinco meses de aumentos. ( Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,16% em janeiro de 2025, a menor taxa para o mês desde o início do Plano Real, em 1994.
O resultado representa uma desaceleração de 0,36 ponto percentual em relação a dezembro de 2024, quando o índice ficou em 0,52%. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses recuou para 4,56%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda foi impulsionada principalmente pelo Bônus Itaipu, que concedeu desconto na conta de luz de cerca de 78 milhões de brasileiros.
O subitem energia elétrica residencial ficou 14,21% mais barato, impactando em -0,55 ponto percentual o índice de janeiro. Esse foi o maior recuo desde fevereiro de 2013, quando a queda foi de 15,17%.
O grupo habitação, por sua vez, apresentou retração de 3,08%, refletindo um impacto de -0,46 p.p. no IPCA.
Alimentos seguem pressionando
Apesar da desaceleração, os preços dos alimentos e dos transportes continuam pressionando o orçamento das famílias.