Embate político: pauta do licenciamento ambiental volta à Câmara
Várias frentes parlamentares, incluindo a FPA, já se articulam para acelerar a votação final do projeto na Câmara
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O Senado aprovou na semana passada, por 54 votos a 13, o projeto que cria a Lei Geral do Licenciamento Ambiental (LGLA).
A proposta, discutida há mais de duas décadas no Congresso, visa unificar normas e procedimentos para a emissão de licenças ambientais em todo o país, com foco na simplificação para empreendimentos de menor impacto.
Como o texto sofreu alterações no Senado, ele retorna agora à Câmara dos Deputados, onde setores políticos já se mobilizam para acelerar a votação final do Projeto de Lei 3.729/04 (na Câmara) ou PL 2.159/21 (no Senado).
A matéria é considerada estratégica por representantes do setor produtivo, que defendem a modernização das regras como forma de destravar investimentos em infraestrutura e logística.
Já ambientalistas alertam para possíveis retrocessos, chamando o texto de “projeto da devastação”.
Ponto a ponto: o que muda
Entre os dispositivos incluídos pelo Senado estão:
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Licença Ambiental Especial (LAE): que prevê dispensa de etapas e prioridade de análise para obras consideradas estratégicas pelo Executivo;
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Licença por Adesão e Compromisso (LAC): modalidade baseada em autodeclaração do empreendedor;
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Inclusão da mineração de grande porte no escopo da nova lei.
Apoio político ganha corpo