Abate de bovinos, suínos e frangos tem melhor 1º trimestre da história, aponta IBGE
Produção de leite cru cresce 3,4%, aquisição de couro avança 15,7% e fabricação de ovos sobe 8,3%
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Abate de bovinos subiu 4,6% frente ao mesmo período de 2024 e 1,9% em comparação ao trimestre anterior. (Foto - Agência Pará)
A pecuária brasileira começou 2025 com resultados históricos. Segundo dados das Estatísticas da Produção Pecuária divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11), os abates de bovinos, suínos e frangos atingiram os maiores volumes para um primeiro trimestre desde o início da série histórica.
A produção de leite, couro e ovos também registrou crescimento expressivo.
O abate de bovinos totalizou 9,87 milhões de cabeças no 1º trimestre de 2025, representando alta de 4,6% em relação ao mesmo período de 2024 e aumento de 1,9% frente ao 4º trimestre do ano passado.
Houve acréscimo de 435,61 mil cabeças, com elevações em 22 das 27 Unidades da Federação.
Janeiro foi o mês de maior atividade, com 3,35 milhões de animais abatidos — aumento de 4,8% na comparação anual. Destaque para o avanço de 11,3% no abate de fêmeas, que representaram quase metade do total.
“Esse movimento de alta no abate de fêmeas teve início em 2022, ano em que o preço do bezerro começou a cair, e isso acaba reduzindo a atratividade da cria. Um ponto que chama a atenção, também, é o abate de novilhas, que são fêmeas jovens. É um movimento que está associado a maior demanda por uma carne premium, de maior qualidade e por uma preferência internacional por animais mais jovens”, explicou Angela Lordão, gerente da pesquisa do IBGE.
A pesquisadora também destacou o papel das exportações. “O Brasil segue produzindo bastante carne, atendendo uma demanda interna e uma demanda externa bastante aquecida, com destaque para a China e os Estados Unidos, que também aumentaram as compras de carne bovina brasileira.”
Abate de suínos avança 1,6% e atinge melhor início de ano desde 1997
O abate de suínos alcançou 14,33 milhões de cabeças no primeiro trimestre, com crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2024, equivalente a 230,99 mil cabeças a mais. Em comparação ao último trimestre do ano passado, houve leve retração de 0,8%.
O resultado representa o melhor 1º trimestre da série histórica iniciada em 1997, com aumentos em 17 das 26 UFs participantes. Entre os estados com maior incremento estão Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina.