Compras do governo aliviam crise do leite, mas são insuficientes, diz Fetag
Federação avalia que medida não resolve excesso de oferta nem crise estrutural da cadeia
|
As compras públicas anunciadas pelo governo federal nesta semana trouxeram alívio pontual a diferentes cadeias produtivas, como trigo, arroz e pêssego, mas ainda não enfrentam de forma estrutural a crise do setor leiteiro, avalia a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS).
Na terça-feira (23), em Porto Alegre, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Companhia Nacional de Abastecimento), Edgar Pretto, anunciou a destinação de R$ 106 milhões para a compra de 2,5 mil toneladas de leite em pó, ao preço fixado de R$ 41 por quilo.
Do total de recursos, R$ 41,89 milhões serão destinados ao Rio Grande do Sul. As cooperativas interessadas podem se inscrever até domingo, 28 de dezembro de 2025.
>> SIGA O CANAL DO AGROFY NEWS NO WHATSAPP
Para a Fetag, a iniciativa representa um sinal positivo, mas tem alcance limitado diante do volume excedente existente no mercado.
Enquanto a compra anunciada prevê 2,5 mil toneladas, o excedente nacional de leite em pó se aproxima de 100 mil toneladas, o que reduz o impacto da medida sobre a formação de preços.
Segundo o presidente da entidade, Carlos Joel da Silva, a ação demonstra movimentação do governo, mas não resolve o desequilíbrio estrutural da cadeia.