Defensivos agrícolas: na volta do recesso, Congresso vai avaliar vetos de Lula

FPA já afirmou que vai derrubar os vetos do presidente

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Dos vetos em tramitação, 12 estão trancando a pauta, impedindo a votação de outras propostas. (Foto - Geraldo Magela/Senado)

Dos vetos em tramitação, 12 estão trancando a pauta, impedindo a votação de outras propostas. (Foto - Geraldo Magela/Senado)

22deJaneirode2024ás15:31

O Congresso Nacional está em recesso e retorna no dia 2 de fevereiro de 2024. Quando voltar aos trabalhos, o Congresso terá trabalho e deve avaliar cerca de 27 vetos presidenciais, alguns ainda do então presidente Jair Bolsonaro, outros de Luiz Inácio Lula da Silva.

O que mais interessa ao agronegócio é a lei que regulamenta e acelera o processo de registro de defensivos agrícolas no Brasil.

Lula sancionou com 17 vetos a lei 14.785/2023 no dia 28 de dezembro. PL tinha sido aprovado no Senado Federal em novembro após mais de duas décadas tramitando no Congresso Nacional.

Entre os 17 dispositivos vetados, estão os que dariam ao Ministério da Agricultura a competência exclusiva para registros de pesticidas, produtos de controle ambiental e afins.

Com o veto, permanece o atual sistema tripartite de registro e controle de defensivos, que congrega as pastas da Agricultura; do Meio Ambiente, por meio do Ibama; e da Saúde, representado pela Anvisa.

Também foi vetada a criação de uma taxa de avaliação e registro de defensivos agrícolas e produtos de controle ambiental, entre outros do gênero.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) já afirmou que vai derrubar os vetos.

Segundo o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR) o Presidente da República demonstrou mais uma vez desrespeito com o parlamento.

“O tema tramitou por mais de 20 anos e teve aprovação quase unânime no Senado e o Presidente vetou os principais trechos. Temos uma batalha árdua para fazer funcionar esse sistema que quer modernizar, desburocratizar e fazer com que tenhamos acesso a moléculas mais modernas e produtos melhores para o agro brasileiro.”