Haddad torce por supersafra para queda no preço dos alimentos

Governo do Piauí zera ICMS sobre produtos essenciais; em SP, Tarcísio cutuca Lula

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Ministro também citou a queda do dólar como um fator que pode contribuir para a desaceleração inflacionária. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ministro também citou a queda do dólar como um fator que pode contribuir para a desaceleração inflacionária. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

10deMarçode2025ás09:59

O governo federal anunciou, na última quinta-feira (6), a isenção do imposto de importação para nove produtos da cesta básica, incluindo azeite, milho, óleo de girassol, sardinha, biscoitos, macarrão, café, carnes e açúcar. 

A medida, no entanto, poderia, como mostrou o Agrofy News, ter impacto mínimo no custo final dos alimentos: apenas 0,998% do total gasto pelos brasileiros com alimentação.

Diante desse efeito quase imperceptível, a estratégia do governo para frear a inflação recai sobre fatores externos, como a previsão de uma supersafra em 2025.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou na sexta-feira (7) que a colheita deste ano deve ser expressiva e ajudar na redução dos preços.

Ele também citou a  queda do dólar como um fator que pode contribuir para a desaceleração inflacionária.

“Eu acredito que uma série de produtos que estão mais caros hoje vão ter os seus preços reduzidos com a entrada da safra, que vai ser muito expressiva esse ano. Vai ser uma supersafra, ao contrário do ano passado”, disse Haddad em entrevista ao Flow Podcast, em São Paulo.

O ministro ressaltou que problemas climáticos, como secas e inundações, impactaram negativamente a safra anterior, pressionando os preços.

“Teve seca, teve inundação no Rio Grande do Sul, o que afetou a produção de arroz. Teve seca no Centro-Oeste, afetou outras culturas. Você teve problema com o milho, que ficou caro. A galinha come milho, então o frango ficou caro, o ovo ficou caro”, explicou.

Haddad também destacou o crescimento de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, mas reconheceu que o ritmo será menor em 2025, devido à inflação. “A previsão do Ministério da Fazenda é um crescimento de 2,5% para este ano”, afirmou.

Para conter a alta de preços, Haddad afirmou que o país terá que equilibrar a oferta de produtos à demanda crescente.

“A renda das famílias cresceu, elas estão comprando mais, e se a oferta não acompanha esse crescimento, há um ajuste no preço. Essa calibragem é fundamental para manter a inflação controlada”, pontuou.