Mundo reage a tarifas de Trump, enquanto Brasil estreita parcerias com México e Índia
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A guerra comercial desencadeada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não ficou sem resposta e provocou reações imediatas ao redor do mundo.
As novas taxações sobre aço e alumínio ampliam a tensão no comércio global, levando países a adotar medidas retaliatórias.
Enquanto Trump faz suas ameaças, o Brasil aproveita o cenário para fortalecer parcerias estratégicas com México e Índia.
Reação global às tarifas dos EUA
O aumento das tarifas sobre importações de aço e alumínio entrou em vigor na quarta-feira (12), reforçando a estratégia de Trump de proteger a indústria nacional.
A medida impôs uma tarifa global efetiva de 25%, atingindo não apenas metais brutos, mas também produtos derivados, como porcas, parafusos e componentes industriais.
Os países mais afetados incluem o Canadá, o principal fornecedor estrangeiro de aço e alumínio para os EUA, além de Brasil, México e Coreia do Sul, que, até então, tinham acesso a algumas isenções ou cotas.
Desde o início do mandato, a política protecionista de Trump gerou incertezas e afetou a confiança de investidores e consumidores. Economistas alertam que o impacto dessas medidas pode levar os EUA a uma recessão e desacelerar a economia global.
A União Europeia respondeu rapidamente ao aumento tarifário. A Comissão Europeia anunciou que adotará novas tarifas sobre € 26 bilhões em produtos norte-americanos já no próximo mês.
"Estamos prontos para iniciar um diálogo significativo", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acrescentando que encarregou o Comissário de Comércio, Maros Sefcovic, de buscar soluções diplomáticas com os EUA.
China e Japão também manifestaram preocupação. O Ministério das Relações Exteriores chinês afirmou que Pequim tomará todas as medidas necessárias para proteger seus interesses.