Alimentos seguem em alta e pressionam inflação também em março

Preço do ovo sobe quase 20% e é o grande vilão; tomate e café também pesam

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Alimentos seguem em alta e pressionam inflação também em março
27deMarçode2025ás14:24

A prévia da inflação oficial de março, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), ficou em 0,64%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi impulsionado, sobretudo, pela alta no grupo alimentos e bebidas.

Apesar da elevação, o índice mostra desaceleração em relação a fevereiro, quando havia registrado 1,23%. Em março de 2024, o IPCA-15 apontava 0,36%. No acumulado de 12 meses, a taxa chegou a 5,26%, superando o teto da meta de inflação do governo, que é de 4,5%. 

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação positiva em março. O grupo alimentos e bebidas subiu 1,09%, maior impacto individual sobre o IPCA-15, com contribuição de 0,24 ponto percentual (p.p.). Em fevereiro, esse grupo havia variado 0,61%.

A alimentação no domicílio acelerou de 0,63% para 1,25%. Já a alimentação fora do lar subiu de 0,56% para 0,66%.

Itens alimentícios que mais pressionaram o IPCA-15 em março:

  • Ovo de galinha: alta de 19,44% | impacto de 0,05 p.p.

  • Café moído: 8,53% | impacto de 0,05 p.p.

  • Tomate: 12,57% | impacto de 0,03 p.p.

  • Refeição: 0,62% | impacto de 0,02 p.p.

  • Mamão: 15,19% | impacto de 0,02 p.p.

preçoalimentacao

A inflação dos alimentos tem sido uma das principais preocupações do governo, que adotou medidas para conter a alta, como a redução de impostos de importação sobre o café e outros dez itens da cesta básica.

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que os preços devem começar a cair nos próximos 60 dias. Segundo ela, o governo está adotando medidas pontuais para conter os preços sem gerar distorções futuras:

“Estamos tomando as decisões certas, na medida certa. Seria perigoso segurar artificialmente os preços agora e ver uma explosão daqui a seis meses. Em 60 dias, os preços começarão a cair no supermercado”, disse a ministra.