China abre mercado para pescados, mas adia para DDG
Além disso, Chile começa a importar carne suína do Paraná após reconhecimento sanitário
|
Medida contempla apenas peixes oriundos de pesca extrativa — ou seja, capturados diretamente em rios, mares e lagos
O agronegócio brasileiro conquistou uma importante vitória comercial nesta semana com a abertura do mercado chinês para pescados de captura extrativa.
No entanto, permanece a expectativa por uma decisão em relação ao DDG, subproduto do etanol de milho, cuja negociação ainda está em andamento.
Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luis Rua, a exportação de pescado extrativo brasileiro para a China está oficialmente autorizada.
A medida, confirmada na terça-feira (23), contempla apenas peixes oriundos de pesca extrativa — ou seja, capturados diretamente em rios, mares e lagos — e não se estende à piscicultura.
Entre as espécies contempladas estão o tambaqui, a tilápia, a tuna e o pirarucu. Fontes do setor estimam que o novo mercado pode movimentar até US$ 1 bilhão por ano.
“A abertura do mercado para pescados extrativos reforça a confiança chinesa no sistema sanitário brasileiro e traz oportunidades interessantes para os exportadores brasileiros destes produtos”, destacou Rua em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
A expectativa agora se volta para o DDG (grãos secos de destilaria), um coproduto altamente nutritivo da produção de etanol a partir do milho, utilizado na alimentação animal.
Embora as negociações estejam avançadas, a oficialização ainda não ocorreu. O protocolo sanitário para o DDG já foi finalizado, segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, que também participou das negociações.