Fávaro rebate críticas e defende custeio como foco do Plano Safra: "chega de mentiras"
Lula e Haddad destacam sustentabilidade e combate à desinformação

No lançamento do Plano Safra 2025/2026, que destinará R$ 516,2 bilhões a médios e grandes produtores, nesta terça-feira (1º), o governo federal apresentou mais do que cifras.
Trouxe também uma resposta direta às críticas, reforçou a prioridade para o custeio e reafirmou o papel da agricultura brasileira como motor econômico e ambiental.
Em discursos alinhados, o ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apontaram o novo plano — “o maior da história” — como instrumento para fortalecer o setor produtivo, estimular a transição verde e consolidar a imagem do Brasil como potência agroambiental.
Fávaro reage a críticas: “Não dá para conviver com fake news”
Carlos Fávaro, aproveitou o evento para responder às críticas de que o governo estaria inflando os números do programa.
Em um discurso firme, classificou como “fake news” as acusações de que o plano, de R$ 516,2 bilhões, não seria recorde — e destacou que a prioridade dos recursos será para custeio e comercialização, atendendo a uma demanda direta do setor produtivo.
“Não dá para conviver com fake news. Tem que reconhecer que o Brasil anda para frente, que o Brasil dá certo”, disse o ministro, citando diretamente a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
“Ontem, a ministra tentou cair no mundo da fake news, dizendo que o Plano Safra recorde não é verdade. Os números estão aí. Vamos torcer para o Brasil dar certo. E está dando.”
Fávaro reforçou sua admiração por ex-ministros da pasta, mas cobrou reconhecimento aos avanços recentes.
“Fiz um reconhecimento público, quando assumi o ministério, de que eu seria mais um a trabalhar em parceria com o setor. Mas não dá para conviver com fake news. Tem que reconhecer que o Brasil caminha para frente.”
Custeio lidera volume de crédito
Do total anunciado, R$ 414,7 bilhões serão destinados ao custeio e à comercialização da produção, superando os R$ 401,3 bilhões da safra passada, segundo o ministro. Já os investimentos somam R$ 105 bilhões, ligeiramente abaixo dos R$ 107 bilhões do ciclo anterior.
“O produtor que teve boa safra não será mais penalizado. E mais produtores terão acesso ao crédito equalizado”, disse Fávaro, ao anunciar a ampliação do teto de renda do Pronamp, de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões.