Alugar, comprar ou terceirizar máquinas agrícolas? CNA lança estudo inédito para orientar produtores
Levantamento compara custos, rentabilidade e eficiência entre frota própria, aluguel e terceirização em 12 regiões produtoras do país
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As conclusões do estudo também se alinham à experiência observada em outros países, como Estados Unidos e Argentina
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou um estudo inédito para ajudar produtores de soja e milho a decidir entre alugar, comprar ou terceirizar máquinas agrícolas.
O levantamento, desenvolvido em parceria com a Agroconsult, busca oferecer uma análise técnica e financeira detalhada, sem indicar um modelo único, mas permitindo ao produtor comparar custos, riscos e benefícios de cada alternativa.
“A CNA, em parceria com a Agroconsult, desenvolveu o estudo e uma calculadora online para permitir ao produtor comparar os custos e benefícios da terceirização, do aluguel ou da compra de máquinas. É uma recomendação para que cada produtor analise a sua situação, de acordo com sua realidade, módulo ou sistema de produção, baseando-se em dados econômicos”, afirmou o produtor rural e presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, André Dobashi.
O lançamento aconteceu na quarta (29), durante o evento “Benchmark Agro: Custos de Produção 2025”, no auditório da CNA, em Brasília, durante o painel “Terceirização e Aluguel de Máquinas: Alternativas para a Colheita de Grãos”.
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O estudo “Máquinas Agrícolas: alugar, comprar ou terceirizar? Tome a decisão certa” compara os três principais modelos ao alcance dos produtores em relação a máquinas e equipamentos: frota própria, aluguel e terceirização de serviços, com base em dados do Projeto Campo Futuro.
O levantamento contempla 12 regiões estratégicas localizadas no Sul, Centro-Oeste e Matopiba+PA. Juntas representam mais de 80% da área cultivada com soja no Brasil.

Custos crescentes e crédito restrito
Entre 2019 e 2025, o preço das máquinas agrícolas disparou. Segundo o Projeto Campo Futuro, os valores das plantadeiras subiram entre 131% e 225%, enquanto as colheitadeiras valorizaram de 57% a 124%. Os tratores tiveram alta de 107% a 154%.
Paralelamente, as taxas de juros do Moderfrota Pronamp saltaram de 6,0% para 12,5% ao ano, e as do Moderfrota tradicional, de 7,0% para 13,5%.